CAPITULO III - A CHAMA DA ESPERANÇA BRILHA.
Rupert estava razoavelmente feliz ao lado de Morgana. Era uma mulher muito especial. Filha de um dignatário da ordem, de posto elevado, possuía dons especiais. Tinha apenas 17 anos e já era uma esposa refinada, elegante e inteligente. Muito bem vista na alta sociedade Londrina. Faziam dez anos que ele tinha voltado de Little Paddleton, mas ainda tinha sonhos atormentados dos fatos ocorridos em Brigston.
Os dignatários tinha iniciado imediato combate ao mal vampiresco, pois através de Rupert tinha se dado conta do profundo e perigoso poder de Vladimir, e de seu plano para vampirizar o mundo. As perdas eram grandes, mas algumas vitórias eram conquistadas. D. Frida ainda permanecia com ele todos estes anos, como fiel ama, e confidente. Tinham uma estória comum. Morgana logo caiu nas graças da velha senhora passando da amizade a cumplicidade em pouco tempo de casamento. Morgana confiava inteiramente nos cuidados da velha ama, que não decepcionava. Ambas cuidavam de Rupert com muito cuidado. O arranhão vampírico que fora queimado, as vezes queimava. Mas não dava grandes sinais de mudança. Era contido pela calor produzido pela cruz de São Jorge.
Alguns dias antes Rupert vislumbrou um homem semelhante a Vlad alguns metros de distancia que o examinava de longe, no teatro, quando foram assistir a abertura da temporada do ballet municipal, O lago dos cisnes. Quando tentou se aproximar para ver melhor ele desapareceu. Comentou isso com D. Frida.
- Ele estava só?
- Não! Haviam duas jovens damas com ele. Acredito que eram Evelin, minha irmã e sua filha, Ifigênia.
- Deus tenha piedade da alma delas...
- Havia também um cavalheiro, que se parecia com meu pai... É possível que Vlad tenha vindo a Londres, desde a transilvânia, Frida?
- Pelo que ouvi jovem senhor, os poderes das trevas tem crescido muito nesses últimos anos... Tomara que a jovem senhora fique a salvo de sua influência nefasta...
- Ela tem portado a cruz de São Jorge que pertenceu a seu pai... Acho que será valente e resistirá aos encantos do vampiro.
- A jovem senhora foi santificar-se esta manhã... Tomara que esteja bem...
- Em que Igreja Frida?
- A basílica Senhor...
- Eu vou buscá-la!
Morgana não conseguia desviar o olhar daquele homem que se encontrava do outro lado da rua. Mal saira da igreja sentiu-se irremediavelmente atraída pelo homem que exalava todo aquele magnetismo. Era muito bonito. Alto, branco extremamente pálido, lindos e traiçoeiros olhos verdes, cabelos negros, perfeitamente cortados, costeletas, cavanhaque e um charmoso bigode, ombros largos, muito bem vestido, elegante.
Ela tremia, suas pernas tremiam, mas sentia-se empurrada por uma força misteriosa em direção aquele elegante cavalheiro, estava um pouco tonta, e só percebia a sua volta o verde intenso dos olhos dele, que se aproximavam gradativamente. Não ouvia mais nada. O homem sorriu, e ela sentiu-se derreter, seu coração disparava, e suas mãos estavam geladas.
Finalmente seu rosto estava próximo ao dele, que depositou um beijo gélido em seus lábios, sentiu-os queimar. Era a água benta que ainda estava em seus lábios, após se benzer ao sair da igreja. Ele afastou os lábios rapidamente. E foram restaurados quase que instantaneamente. Sorriu zombeiro, e seus dentes tornaram-se maiores e visíveis, especialmente os caninos, e se aproximaram de seu pescoço, sentiu outro queimar, desta vez em seu peito, a cruz de São Jorge, brilhava e ardia. O homem afastou-se repentinamente, o que deixou um arranhão profundo em seu pescoço.
Então sentiu tudo rodar e desmaiou, quando tornou a si estava nos braços de seu Rupert, seu amado, seu marido.
Ele a levou para casa e cuidou dela por dias, ela teve febre e delirou. A infecção se acentuou, seu pescoço queimava. D. Frida lhe trazia chá de alho, e tomava diariamente banho de sol. Seu Rupert velava dia e noite pela sua saúde, com a cruz de São Jorge no criado-mudo rezava constantemente.
Por fim ela acordou uma bela manhã, dois meses após este incidente. Estava pálida, porém estava bem melhor. D Frida contou-lhe somo conseguira escapar por muito pouco das mãos de Drácula. Que a cruz que carregava protegeu-a da mordida fatal, mas que lhe deixara uma cicatriz. Agora ela e seu esposo compartilhavam a mesma cicatriz provocada por um arranhão de dentes vampíricos.
Ela passara por maus bocados porque a sua cicatriz era provocada pelo próprio filho do demônio, Vladimir Von Drácula. Ele era um vampiro muito poderoso. Era o primeiro vampiro. Mas a cruz de São Jorge tinha ferido o demônio com igual gravidade, e Rupert chegara a tempo de empunhar a própria cruz contra ele, e o poder das duas cruzes o havia espantado.
Mas para salvar-lhe a vida e a alma, tinham que submetê-la a um ritual secreto da Ordem dos dignatário, em que ela tivera que banhar-se com água benta, fora imersa em água abençoada pelo próprio papa. A cruz de São Jorge fora imersa junto ao seu corpo, e uma grande quantidade de luz solar foi desviada para a água, e tomou apenas chá de alho para conter a infecção.
Seis meses após este incidente seu filho nasceu. Ricardo era um belo menino. Seus pais agora moravam na América. Tinha ido para lá com o intuito de se esconder da perseguição do príncipe das trevas. Mantiveram sua existência em segredo. Por mais de 30 anos.
Ricardo cresceu, casou, estabeleceu-se como comerciante em Nova York, mas seus negócios o levaram de volta para Londres onde se estabeleceu e prosperou. Nasceram-lhe três filhos: dois Rapazes e uma moça.
Porém no inverno de sua vida, nasceu-lhe mais uma filha, num momento especial do cosmos, no equinócio. Nasceu uma filha muito bela, e muito especial. Foi a última criança que seus pais viram nascer. Alguns meses depois vieram a falecer vitimas da peste que assolava a Europa: O cólera.
Seus pais a chamaram Ariadne. Doce, meiga e muito ingênua, parecia um anjo com aqueles longos cabelos dourados, totalmente cacheados, e um par de lindos olhos azuis. Mãos finas e delicadas pareciam deslizar nas teclas enquanto tocava piano, seus lábios muito rubros pareciam pétalas de rosa, e seus corpo esguio e delicado, bem feito, parecia ter sido esculpido a mão por um grande artista. Seu sorriso parecia um raio de sol que iluminava seu rosto sempre que o exibia.
Sua voz era melodiosa, e ao cantar enfeitiçava a todos. Era uma menina muito especial. Todos que a conhecia, ficavam encantados pela sua graça e beleza. Ariadne era impar. Muito diferente de sua irmã Amália, sempre tão intempestiva e sedutora. Amália era ruiva, e seus olhos tinha um azul mais intenso. Até Ariadne nascer era a caçula. Causou-lhe muitos ciúmes ver sua irmã como o centro das atrações, mas logo acostumou-se com aquela situação, e amou muito a sua irmã caçula. Sete anos separavam as duas irmãs. Isabela tinha 10 anos e Amália 17 anos, mas eram muito unidas.
Amália estava noiva, e em breve deveria se casar. Mas uma fatalidade levou seu noivo deixando-a desconsolada por mais seis anos. Nesse tempo dedicou-se a cuidar de sua irmã mais nova, pois no ano seguinte sua mãe também foi levada, sendo mais uma vítima do cólera.
Estava próximo o ano novo, quando seu pai recebeu uma proposta irrecusável de negócios com um príncipe da Transilvania que conhecera num jantar com o Conde Debouis. Levara Amália consigo, era ela quem lhe fazia companhia, na ausência de sua mãe. Muitos rapazes se encantaram som sua deslumbrante beleza, mas era reservada e mantinha o luto em seu coração.Nessas ocasiões festivas ela usava a cruz de São Jorge que pertencera a sua mãe.
A viagem seria longa. Então decidiu que levaria suas filhas desta vez, embora em outra ocasiões não as tivesse levado. Demoraria mais tempo do que o desejado, pois os negócios eram demorados, incluíam venda de terras que pertenceram a sua antiga ama, D. Frida.
Na manhã seguinte partiu, levando suas filhas, e seu fiel escudeiro o jovem Nestor, advogado, contador e amigo que auxiliava em seus negócios.
Vampiros e a vingança dos deuses
terça-feira, 28 de julho de 2015
domingo, 6 de abril de 2014
CAPITULO II - FATALIDADES NO CASTELO DE BRIGSTON
O jovem Rupert aproximava-se do castelo de Brigston com um estranho pesar no seu coração. Sentia-se oprimido pelas palavras amargas e assustadoras da velha senhora. Vampiros eram uma antiga lenda da transilvania, mas como dignatário da ordem sagrada de São Jorge, uma secreta ordem sagrada, honra que passou de pai para filho por gerações, não temia o mal que podia assolar a ele ou a sua família. Rupert imaginava que a proteção da cruz de São Jorge Guerreiro acompanhava a sua família.
Assim afastou as incertezas e entrou no castelo. Os cavalos ficaram estranhamente assustados e recusaram-se a atravessar os portões. Então ele e sua família desceram na porta ainda, enquanto vários serviçais recolhiam sua bagagem.
Rupert olhou o relógio, era pouca mais que uma da tarde. Um corcunda veio recebê-lo e fazer as honras de seu mestre.
- Sua alteza, não se encontra?
- O mestre precisou olhar os campos ao norte, mas estará aqui para o jantar. Passou por aqui para avisar de sua vinda, e portanto seus aposentos estão preparados. O corcunda encaminhou Rupert e seu velho pai para o quarto ao lado de suas jovens filhas. Rupert apreciou a consideração do Príncipe em colocá-los tão próximos a suas damas.
O jantar seria servido pontualmente as 19:30, e Sir Rupert, bem como toda sua elegante família estava pronta a tempo. Foram recebidos pelo próprio anfitrião, majestosamente vestido o que lhe dava um ar mais imponente, magnetizando todos a sua volta. Foi um agradável jantar.
Os próximos dias foram muito aprazíveis, e a familia de Rupert sentiu-se muito à vontade, e teriam sido dias memoráveis se não fosse a estranha doença que acometeu uma das irmãs de Rupert. Foram 3 rápidos dias para que a jovem se fosse, causando indescritível dor e desespero no jovem e em seus familiares. Mal se recuperavam de um golpe, quando fatalmente a segunda jovem foi acometida do mesmo mal que levou sua irmã, e no rápido passar de 3 dias, definhou e também veio a falecer. O velho pai não aguentou a dramática perda e também morreu ali, mas aparentemente não do mesmo mal.
Rupert enterrou sua família ali no cemitério do imponente castelo. O anfitrião esteve ao seu lado por todo o tempo, exceto quando precisava fazer misteriosas incursões por suas terras, as quais nunca era convidado a acompanhar.
Sozinho e desolado, o jovem rapaz preparava-se para partir para a Inglaterra no dia seguinte, tendo um sentimento de profundo pesar mas também de confusão. Como era possivel perder toda a família em apenas uma semana? Que estranho mal era aquele que estava no castelo que mantinha as pessoas afastadas. Nenhuma viva alma em toda a extensão, no entorno do castelo. Até a paisagem era desoladora, a vegetação parecia crescer com dificuldade e ressecar-se fácil, como se o solo fosse amaldiçoado, e as noites eram particularmente geladas, mesmo naquela época tão florida do ano: a Primavera.
Áquela noite especificamente não conseguia pregar o olho. Lembrou-se das palavras da D. Frida, na pensão que visitara cerca de um mês. “Suas irmãs e você nunca mais verão a luz do dia outra vez”. O olhar da mulher era vidrado, enlouquecido, como dos demais moradores. As casas fediam a alho, e as pessoas andavam assustadas em plena luz do dia. Como se algo monstruoso habitasse a região. Era curioso, inteligente e estudava com afinco as matérias da faculdade. O sumiço misterioso do cadáver que era velado no dia em que chegaram. Seria o mesmo mal que matara suas irmãs?
Um movimento no corredor chamou sua atenção. Saiu cautelosamente de seu quarto, e percebeu a presença de uma bela jovem no fim do corredor. Ele nunca a havia visto no castelo antes. Mas havia alguma coisa de muito familiar no seu semblante, e segui-a de longe. Se movia com delicadeza e muita sensualidade. Sentiu-se atraído pelos seus movimentos insinuantes. Parecia flutuar em vez de andar. Ela virou-se e olhou o corredor, então entrou num quarto.
Rupert empalideceu. Reconheceu o rosto da jovem que estava sendo velada no dia em que chegaram aquela região, a tal Ifigênia. Chegou próximo a porta e escutou os sons do outro lado, a porta estava entreaberta, ele empurrou a porta vagarosamente e se deparou com uma cena estarrecedora. No quarto em grande orgia, estava seu velho pai, suas irmãs e a jovem Ifigênia banqueteando-se com o sangue de um jovem rapaz nu. Sugavam-lhe o pescoço, os braços, e se lambiam mutuamente, todos completamente despidos, e o rapaz entorpecido sorria bobamente. Rupert saiu imediatamente, mas não a tempo de fugir, pois ao seu lado já estava sua jovem irmã Priscila, pálida, banhada em sangue, exercendo um estranho poder magnético ao qual ele não podia, não conseguia resistir.
Ela o atraia para si enquanto tirava sua camisa deixando o pescoço descoberto para o ataque fatal. Quando seu corpo encostou no de seu irmão sentiu uma dor lacerante, seu peito queimava, ela olhou a tempo de contemplar uma cruz de São Jorge da qual seu irmão nunca se separava. Ganhara da mãe, quando ela ainda estava moribunda, debilitada pela pneumonia. Era herança de familia, muito muito antiga. O corpo de sua irmã inteiro se incendiou, pois diferente de qualquer outra cruz, a cruz de São Jorge tinha um poder maior no combate ao mal, e logo só restavam cinzas do que antes foram o corpo de sua bela irmã.
Mas ela lhe deixara a marca de seus dentes, um arranhão, que queimava ao contato da cruz com o corpo do jovem. O calor fê-lo despertar do transe, e imediatamente, partiu dali, fugiu do castelo naquela mesma noite, antes que tivesse o mesmo fim de sua família. Não pegou bagagem, saltou, não soube como, de uma altura incrível, e se desviou pela floresta negra, correndo sem parar, até avistar as luzes da vila.
Rupert chegou ao vilarejo, alquebrado, sujo e miserável. Entrou na pensão de D. Frida de sopetão, assustando a todos.O velho perto da porta ergueu uma espada e infringiu-lhe um golpe na cabeça, e ele caiu desfalecido. A camisa aberta fez notório a todos a presença da poderosa cruz de São Jorge, que brilhava com furor. D. Frida acudiu ao rapaz mandando que o levassem para o quarto,e deu-lhe algo para beber. O rapaz estava em estado de choque. Todos estavam espantados. Ninguém vira alguém entrar no covil do mal e retornar para contar a história. A noite ainda estava começando e seria longa a espera do raiar do sol, quando todos estariam seguros. Drácula certamente viria atrás do rapaz assim que desse por sua falta.
D. Frida foi limpar os ferimentos, e viu o arranhão vampírico totalmente queimado, retirou o que havia sobrado da camisa do rapaz e examinou atentamente a cruz de São Jorge. Chamou seus companheiros para que vislumbrasse a sua salvação. Um artefato antigo e poderoso, forjado da própria armadura de São Jorge, o guerreiro, quando este combatia as forças do mal, o mesmo mal que assolava agora a região. O dragão na verdade era o príncipe Vladimir, também conhecido como Conde Drácula.
Os habitantes chegaram a um consenso, precisavam esconder e proteger o rapaz. Ele não seria mais uma vítima do Vampiro. Pensavam nas possíveis maneiras de esconder o rapaz que jazia em estado de choque. Se ele sobrevivesse, poderia levar sua estória para os Dignatários da Ordem Imperial, sociedade secreta que poucos conheciam, e ninguém de fora sabia quem eram os membros, mas sabia-se que ele combatiam os vampiros a milenios. Então talvez eles tivessem alguma chance, ou seus pelo menos seus filhos. Eram criados como gado para alimentar a sede de sangue dos monstros, que avançavam em busca de novas cidades. Agora havia uma esperança.
E como esperavam,naquela mesma noite Vlad veio. Agitou os ventos, apagou as luzes, chamou mas não ouviu resposta. Rodeou todas as casas do vilarejo, mas não havia como entrar protegidas pela monumental quantidade de alho, e lavadas com água benta. Trouxe consigo reforços, e naquela noite um banho de sangue aconteceu. O sol nasceu vermelho, e a luz do dia revelou os dezenas de cadáveres arrancados de suas casas e cinzas se espalhavam pelas ruas da cidade. Escondido em uma sepultura dentro da própria igreja, não houve como achá-lo ou sentir seu cheiro. O jovem Rupert sobreviveu, e ajudado por D. Frida deixou a Transilvania.
O jovem Rupert aproximava-se do castelo de Brigston com um estranho pesar no seu coração. Sentia-se oprimido pelas palavras amargas e assustadoras da velha senhora. Vampiros eram uma antiga lenda da transilvania, mas como dignatário da ordem sagrada de São Jorge, uma secreta ordem sagrada, honra que passou de pai para filho por gerações, não temia o mal que podia assolar a ele ou a sua família. Rupert imaginava que a proteção da cruz de São Jorge Guerreiro acompanhava a sua família.
Assim afastou as incertezas e entrou no castelo. Os cavalos ficaram estranhamente assustados e recusaram-se a atravessar os portões. Então ele e sua família desceram na porta ainda, enquanto vários serviçais recolhiam sua bagagem.
Rupert olhou o relógio, era pouca mais que uma da tarde. Um corcunda veio recebê-lo e fazer as honras de seu mestre.
- Sua alteza, não se encontra?
- O mestre precisou olhar os campos ao norte, mas estará aqui para o jantar. Passou por aqui para avisar de sua vinda, e portanto seus aposentos estão preparados. O corcunda encaminhou Rupert e seu velho pai para o quarto ao lado de suas jovens filhas. Rupert apreciou a consideração do Príncipe em colocá-los tão próximos a suas damas.
O jantar seria servido pontualmente as 19:30, e Sir Rupert, bem como toda sua elegante família estava pronta a tempo. Foram recebidos pelo próprio anfitrião, majestosamente vestido o que lhe dava um ar mais imponente, magnetizando todos a sua volta. Foi um agradável jantar.
Os próximos dias foram muito aprazíveis, e a familia de Rupert sentiu-se muito à vontade, e teriam sido dias memoráveis se não fosse a estranha doença que acometeu uma das irmãs de Rupert. Foram 3 rápidos dias para que a jovem se fosse, causando indescritível dor e desespero no jovem e em seus familiares. Mal se recuperavam de um golpe, quando fatalmente a segunda jovem foi acometida do mesmo mal que levou sua irmã, e no rápido passar de 3 dias, definhou e também veio a falecer. O velho pai não aguentou a dramática perda e também morreu ali, mas aparentemente não do mesmo mal.
Rupert enterrou sua família ali no cemitério do imponente castelo. O anfitrião esteve ao seu lado por todo o tempo, exceto quando precisava fazer misteriosas incursões por suas terras, as quais nunca era convidado a acompanhar.
Sozinho e desolado, o jovem rapaz preparava-se para partir para a Inglaterra no dia seguinte, tendo um sentimento de profundo pesar mas também de confusão. Como era possivel perder toda a família em apenas uma semana? Que estranho mal era aquele que estava no castelo que mantinha as pessoas afastadas. Nenhuma viva alma em toda a extensão, no entorno do castelo. Até a paisagem era desoladora, a vegetação parecia crescer com dificuldade e ressecar-se fácil, como se o solo fosse amaldiçoado, e as noites eram particularmente geladas, mesmo naquela época tão florida do ano: a Primavera.
Áquela noite especificamente não conseguia pregar o olho. Lembrou-se das palavras da D. Frida, na pensão que visitara cerca de um mês. “Suas irmãs e você nunca mais verão a luz do dia outra vez”. O olhar da mulher era vidrado, enlouquecido, como dos demais moradores. As casas fediam a alho, e as pessoas andavam assustadas em plena luz do dia. Como se algo monstruoso habitasse a região. Era curioso, inteligente e estudava com afinco as matérias da faculdade. O sumiço misterioso do cadáver que era velado no dia em que chegaram. Seria o mesmo mal que matara suas irmãs?
Um movimento no corredor chamou sua atenção. Saiu cautelosamente de seu quarto, e percebeu a presença de uma bela jovem no fim do corredor. Ele nunca a havia visto no castelo antes. Mas havia alguma coisa de muito familiar no seu semblante, e segui-a de longe. Se movia com delicadeza e muita sensualidade. Sentiu-se atraído pelos seus movimentos insinuantes. Parecia flutuar em vez de andar. Ela virou-se e olhou o corredor, então entrou num quarto.
Rupert empalideceu. Reconheceu o rosto da jovem que estava sendo velada no dia em que chegaram aquela região, a tal Ifigênia. Chegou próximo a porta e escutou os sons do outro lado, a porta estava entreaberta, ele empurrou a porta vagarosamente e se deparou com uma cena estarrecedora. No quarto em grande orgia, estava seu velho pai, suas irmãs e a jovem Ifigênia banqueteando-se com o sangue de um jovem rapaz nu. Sugavam-lhe o pescoço, os braços, e se lambiam mutuamente, todos completamente despidos, e o rapaz entorpecido sorria bobamente. Rupert saiu imediatamente, mas não a tempo de fugir, pois ao seu lado já estava sua jovem irmã Priscila, pálida, banhada em sangue, exercendo um estranho poder magnético ao qual ele não podia, não conseguia resistir.
Ela o atraia para si enquanto tirava sua camisa deixando o pescoço descoberto para o ataque fatal. Quando seu corpo encostou no de seu irmão sentiu uma dor lacerante, seu peito queimava, ela olhou a tempo de contemplar uma cruz de São Jorge da qual seu irmão nunca se separava. Ganhara da mãe, quando ela ainda estava moribunda, debilitada pela pneumonia. Era herança de familia, muito muito antiga. O corpo de sua irmã inteiro se incendiou, pois diferente de qualquer outra cruz, a cruz de São Jorge tinha um poder maior no combate ao mal, e logo só restavam cinzas do que antes foram o corpo de sua bela irmã.
Mas ela lhe deixara a marca de seus dentes, um arranhão, que queimava ao contato da cruz com o corpo do jovem. O calor fê-lo despertar do transe, e imediatamente, partiu dali, fugiu do castelo naquela mesma noite, antes que tivesse o mesmo fim de sua família. Não pegou bagagem, saltou, não soube como, de uma altura incrível, e se desviou pela floresta negra, correndo sem parar, até avistar as luzes da vila.
Rupert chegou ao vilarejo, alquebrado, sujo e miserável. Entrou na pensão de D. Frida de sopetão, assustando a todos.O velho perto da porta ergueu uma espada e infringiu-lhe um golpe na cabeça, e ele caiu desfalecido. A camisa aberta fez notório a todos a presença da poderosa cruz de São Jorge, que brilhava com furor. D. Frida acudiu ao rapaz mandando que o levassem para o quarto,e deu-lhe algo para beber. O rapaz estava em estado de choque. Todos estavam espantados. Ninguém vira alguém entrar no covil do mal e retornar para contar a história. A noite ainda estava começando e seria longa a espera do raiar do sol, quando todos estariam seguros. Drácula certamente viria atrás do rapaz assim que desse por sua falta.
D. Frida foi limpar os ferimentos, e viu o arranhão vampírico totalmente queimado, retirou o que havia sobrado da camisa do rapaz e examinou atentamente a cruz de São Jorge. Chamou seus companheiros para que vislumbrasse a sua salvação. Um artefato antigo e poderoso, forjado da própria armadura de São Jorge, o guerreiro, quando este combatia as forças do mal, o mesmo mal que assolava agora a região. O dragão na verdade era o príncipe Vladimir, também conhecido como Conde Drácula.
Os habitantes chegaram a um consenso, precisavam esconder e proteger o rapaz. Ele não seria mais uma vítima do Vampiro. Pensavam nas possíveis maneiras de esconder o rapaz que jazia em estado de choque. Se ele sobrevivesse, poderia levar sua estória para os Dignatários da Ordem Imperial, sociedade secreta que poucos conheciam, e ninguém de fora sabia quem eram os membros, mas sabia-se que ele combatiam os vampiros a milenios. Então talvez eles tivessem alguma chance, ou seus pelo menos seus filhos. Eram criados como gado para alimentar a sede de sangue dos monstros, que avançavam em busca de novas cidades. Agora havia uma esperança.
E como esperavam,naquela mesma noite Vlad veio. Agitou os ventos, apagou as luzes, chamou mas não ouviu resposta. Rodeou todas as casas do vilarejo, mas não havia como entrar protegidas pela monumental quantidade de alho, e lavadas com água benta. Trouxe consigo reforços, e naquela noite um banho de sangue aconteceu. O sol nasceu vermelho, e a luz do dia revelou os dezenas de cadáveres arrancados de suas casas e cinzas se espalhavam pelas ruas da cidade. Escondido em uma sepultura dentro da própria igreja, não houve como achá-lo ou sentir seu cheiro. O jovem Rupert sobreviveu, e ajudado por D. Frida deixou a Transilvania.
sábado, 9 de janeiro de 2010
VAMPIROS E A VINGANÇA DOS DEUSES - Novos Romances
CAPITULO I - A PRAGA
O pôr do sol se esvai no horizonte, entre os penhascos das montanhas. A noite cai e com ela um neblina densa invade a cidade. Pessoas passam correndo para suas casas, portas são trancadas, janelas fechadas rapidamente, pessoas com rostos apavorados se agarram dentro de suas casas.
Nesse instante, a lua cheia surge sobre o céu enevoado, dando um aspecto mais sombrio do que iluminado.
Um vulto caminha lentamente, a passos firmes pelas ruas, apenas se consegue ver sua silhueta elegante, trajando roupas finas, e uma capa. Ele emite sons estranhos baixos, suaves, que parecem ecoar como um mantra pelas ruas
Uma mulher verifica as portas e janelas, assustada, observa se os molhos de alhos estão colocados no lugar, prepara as cruzes, meio temerosa, observa ao longe a neblina, pela janela e se benze três vezes, ao vislumbrar rapidamente um vulto, ouve de repente os sons de um mantra.
Na sala de jantar, as pessoas conversam animadamente, enquanto uma bela e sensual jovem loira de olhos amendoados e lábios carnudos, com ombros a mostra os serve com graça e delicadeza, sorri das cantadas e se desvia para os lados, indo a todo instante em direção a cozinha e retornando com alguma comida ou bebida.
Ouvem-se os sons de um mantra ecoar na escuridão, todos fazem um silencio apavorado.
D. Frida surge apressada na sala e olha sua filha com olhos zangados:
- Vá para o seu quarto já! – diz imperiosa. – e tranque bem a porta.
A moça mostra-se zangada com a ordem, seus olhos marejam e ela sacode abruptamente o corpo, e se dirige para o quarto, magoada.
Ouve-se o berro da jovem:
- Eu não estou mais segura lá do que ai!
D. Frida franze a testa preocupada, e olha novamente pela janela da sala, e não avista nada. Leva a mão ao peito, e aperta a roupa contra os dedos. Ela retorna aos seus afazeres, mas ainda preocupada, nervosa. Aquela não parecia ser uma noite normal, nem mesmo para a pior das noites que havia naquela cidade. E haviam muitas noites tenebrosas como aquela, gritos pavorosos cortavam a madrugada em certas noites do ano. Mas aquela noite, era perturbadoramente pior que as outras. Um mal horrendo se aproximava de sua porta.
Sua pensão era muito conhecida naquela região e considerada uma das mais seguras nas noites de praga. Mesmo assim não se sentia segura, parecia que algo estava prestes a acontecer. Um mal terrível rondava suas fronteiras, naquela noite.
Tarde da noite, os últimos hóspedes vão para os seus quartos
Uma neblina se aproxima da porta da pensão, e entra lentamente pela fresta da porta. Uma sombra chega até a porta e olha para a coroa de alho sobre a porta e se retira lentamente.
Meia noite em Little Paddleton era mais escura que em qualquer outro lugar da Transilvania. Andar pelas ruas sozinho era muito perigoso, pois uma estranha praga assolava os habitantes do lugarejo.
O velho Harrison mancava o mais depressa que lhe era possível, para sair daquele beco sinistro. Ouvia passos, sons estranhos, horripilantes, que faziam seu coração disparar a cada mínimo suspiro.
Estava chegando ao final, uns dez metros o separavam da segurança, uma porta benzida com água benta e uma coroa de alho jazia pendurada logo a cima. Apressou mais o passo.
Uma sombra se instalou entre ele e a porta, e aos poucos uma figura funesta se materializou.
D. Frida observa o movimento na rua. Ela deita e tenta dormir, se vira muitas vezes na cama. Quando o sono finalmente chega, um grito de horror quebra o silencio da noite, das profundezas da escuridão anomal que pairava sobre o lugarejo e acorda todos de um sono agitado e sem repouso.
Na pensão dos Wellington, o eco dos gritos causou pânico nos moradores. Dona Frida correu para o quarto de sua primogênita, a bela Ifigênia, a jovem possuia um corpo escultural, busto acentuado, completava 17 anos na primavera daquele 1788. Era objeto de desejo de muitos marmanjos da região, embora sua mãe tentasse esconder a beleza crescente, o desabrochar da feminilidade da moça, tanto mais ela resplandecia em graça e formosura. Era perigoso ser tão bela naqueles dias.
O Gran Lord da Região era um homem cobiçoso, sedutor, poderoso. Mal tocava os olhos em uma jovem e ela desaparecia misteriosamente. Seus pais jamais tornavam a vê-la.
Aquela noite era uma noite de demônios. Frida temeu por sua filha, e colocou como precaução uma poção dobrada de alho e água benta no seu quarto e porta. Deu a Ifigênia um crucifixo para pendurar em seu lindo pescoço.
D. Frida se levanta assustada, e corre para o quarto de sua filha, a cama está vazia, o crucifixo que lhe presenteara estava caído no chão.
Então ela solta um berro desesperado:
- IFIGÊNIAAAAAAAAAAA!
Corre para o piso inferior e encontra a porta aberta.
D. Frida sai apressada da Pensão a tempo de ver ao longe vislumbrou um vulto branco, andando, sonâmbula, em direção ao destino.
- IFIGÊNIAAAAAAAAAAA! VOLTE MINHA FILHAAAAAAAAAA! – grita.
Correu desesperada a tempo de contemplar sua filha, nos braços do mais belo homem que já vira, então sua face se transfigurou na mais horrenda das criaturas, que lhe esboçou um sorriso cruel, e desapareceu na nevoa, levando seu bem mais precioso.
- NÂAAOOOOOOOOO! IFIGÊNIAAAAAAAAA! - grita de novo.
Ela cai ajoelhada no chão, chorando desesperada.
O pôr do sol se esvai no horizonte, entre os penhascos das montanhas. A noite cai e com ela um neblina densa invade a cidade. Pessoas passam correndo para suas casas, portas são trancadas, janelas fechadas rapidamente, pessoas com rostos apavorados se agarram dentro de suas casas.
Nesse instante, a lua cheia surge sobre o céu enevoado, dando um aspecto mais sombrio do que iluminado.
Um vulto caminha lentamente, a passos firmes pelas ruas, apenas se consegue ver sua silhueta elegante, trajando roupas finas, e uma capa. Ele emite sons estranhos baixos, suaves, que parecem ecoar como um mantra pelas ruas
Uma mulher verifica as portas e janelas, assustada, observa se os molhos de alhos estão colocados no lugar, prepara as cruzes, meio temerosa, observa ao longe a neblina, pela janela e se benze três vezes, ao vislumbrar rapidamente um vulto, ouve de repente os sons de um mantra.
Na sala de jantar, as pessoas conversam animadamente, enquanto uma bela e sensual jovem loira de olhos amendoados e lábios carnudos, com ombros a mostra os serve com graça e delicadeza, sorri das cantadas e se desvia para os lados, indo a todo instante em direção a cozinha e retornando com alguma comida ou bebida.
Ouvem-se os sons de um mantra ecoar na escuridão, todos fazem um silencio apavorado.
D. Frida surge apressada na sala e olha sua filha com olhos zangados:
- Vá para o seu quarto já! – diz imperiosa. – e tranque bem a porta.
A moça mostra-se zangada com a ordem, seus olhos marejam e ela sacode abruptamente o corpo, e se dirige para o quarto, magoada.
Ouve-se o berro da jovem:
- Eu não estou mais segura lá do que ai!
D. Frida franze a testa preocupada, e olha novamente pela janela da sala, e não avista nada. Leva a mão ao peito, e aperta a roupa contra os dedos. Ela retorna aos seus afazeres, mas ainda preocupada, nervosa. Aquela não parecia ser uma noite normal, nem mesmo para a pior das noites que havia naquela cidade. E haviam muitas noites tenebrosas como aquela, gritos pavorosos cortavam a madrugada em certas noites do ano. Mas aquela noite, era perturbadoramente pior que as outras. Um mal horrendo se aproximava de sua porta.
Sua pensão era muito conhecida naquela região e considerada uma das mais seguras nas noites de praga. Mesmo assim não se sentia segura, parecia que algo estava prestes a acontecer. Um mal terrível rondava suas fronteiras, naquela noite.
Tarde da noite, os últimos hóspedes vão para os seus quartos
Uma neblina se aproxima da porta da pensão, e entra lentamente pela fresta da porta. Uma sombra chega até a porta e olha para a coroa de alho sobre a porta e se retira lentamente.
Meia noite em Little Paddleton era mais escura que em qualquer outro lugar da Transilvania. Andar pelas ruas sozinho era muito perigoso, pois uma estranha praga assolava os habitantes do lugarejo.
O velho Harrison mancava o mais depressa que lhe era possível, para sair daquele beco sinistro. Ouvia passos, sons estranhos, horripilantes, que faziam seu coração disparar a cada mínimo suspiro.
Estava chegando ao final, uns dez metros o separavam da segurança, uma porta benzida com água benta e uma coroa de alho jazia pendurada logo a cima. Apressou mais o passo.
Uma sombra se instalou entre ele e a porta, e aos poucos uma figura funesta se materializou.
D. Frida observa o movimento na rua. Ela deita e tenta dormir, se vira muitas vezes na cama. Quando o sono finalmente chega, um grito de horror quebra o silencio da noite, das profundezas da escuridão anomal que pairava sobre o lugarejo e acorda todos de um sono agitado e sem repouso.
Na pensão dos Wellington, o eco dos gritos causou pânico nos moradores. Dona Frida correu para o quarto de sua primogênita, a bela Ifigênia, a jovem possuia um corpo escultural, busto acentuado, completava 17 anos na primavera daquele 1788. Era objeto de desejo de muitos marmanjos da região, embora sua mãe tentasse esconder a beleza crescente, o desabrochar da feminilidade da moça, tanto mais ela resplandecia em graça e formosura. Era perigoso ser tão bela naqueles dias.
O Gran Lord da Região era um homem cobiçoso, sedutor, poderoso. Mal tocava os olhos em uma jovem e ela desaparecia misteriosamente. Seus pais jamais tornavam a vê-la.
Aquela noite era uma noite de demônios. Frida temeu por sua filha, e colocou como precaução uma poção dobrada de alho e água benta no seu quarto e porta. Deu a Ifigênia um crucifixo para pendurar em seu lindo pescoço.
D. Frida se levanta assustada, e corre para o quarto de sua filha, a cama está vazia, o crucifixo que lhe presenteara estava caído no chão.
Então ela solta um berro desesperado:
- IFIGÊNIAAAAAAAAAAA!
Corre para o piso inferior e encontra a porta aberta.
D. Frida sai apressada da Pensão a tempo de ver ao longe vislumbrou um vulto branco, andando, sonâmbula, em direção ao destino.
- IFIGÊNIAAAAAAAAAAA! VOLTE MINHA FILHAAAAAAAAAA! – grita.
Correu desesperada a tempo de contemplar sua filha, nos braços do mais belo homem que já vira, então sua face se transfigurou na mais horrenda das criaturas, que lhe esboçou um sorriso cruel, e desapareceu na nevoa, levando seu bem mais precioso.
- NÂAAOOOOOOOOO! IFIGÊNIAAAAAAAAA! - grita de novo.
Ela cai ajoelhada no chão, chorando desesperada.
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